Pela primeira vez escritores rondonienses tiveram direto a um stand na Bienal do Livro Rio. Foi a 16ª edição nos seus 30 anos de existência e de lá, Yêdda Borzacov e Samuel Castiel trouxeram algumas experiências. A primeira delas e talvez a mais marcante, foi o apoio do governo do Estado, que se envolveu e obteve um espaço para exposição de trabalhos de autores rondonienses. “Esta foi uma grande vitória”, ainda comemora Yêdda Borzacov.

A Bienal do Livro Rio é considerada um dos maiores eventos literários do país, um grande encontro que tem o livro como astro principal. Foram 11 dias de sucesso e adrenalina. Para os autores rondonienses um momento ímpar para conhecimento de outros autores e de convivência com um gigantesco público,além do reencontro de amigos.

“É uma sensação fantástica”, descreveu Samuel Castiel, que dedicou três  dias ao evento. Para ele, o incentivo à leitura que se observa em eventos dessa envergadura, faz com que acreditemos que continua valendo a pena escrever. “A presença de muitos alunos levados à feira pelas próprias escolas chamou muito a minha atenção”. De acordo com o médico, o que se observou é que os pequenos não são simplesmente levados para o local, mas se integram, participam e leem as obras.

Já a professora Yêdda Borsacov assinalou que a Academia de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia encaminharam um pedido formal ao governador Confúcio Moura, que determinou que Rondônia efetivamente estivesse presente no evento. “Isso foi muito bom, nosso stand foi muito visitado”.  Ela contou que teve até um caso pitoresco de  uma portovelhense nascida no Hospital de Base Ary Pinheiro, mas que foi levada com poucos dias para o Rio e o interesse dela era saber notícias da cidade onde nasceu e para conhecer melhor a história da capital, adquiriu alguns livros comprometendo-se a lê-los.

A presença dos pequenos leitores também chamou muito a atenção de Yêdda, que disse ter se encantado com as aquisições que estes faziam orientados pelos professores. O escritor Emanuel Pontes Pinto, um dos fundadores da Academia de Letras Rondoniense também participou da Bienal. Atualmente ele mora no sul do país, salientou a amiga Borzacov.

O livro de contos e crônicas  Trem Vivo – Viagem  ao imaginário da Ferrovia  do Diabo, foi lançado na Bienal Rio. Além de Yêdda e de Samuel Castiel, o também médico Viriato Moura dividem a autoria. O lançamento em Porto Velho acontecerá no dia 2 de outubro, na Casa de Cultura Ivan Marrocos.
A próxima bienal será realizada em agosto de 2015. Mas antes disso terá a 12ª Festa Literária Internacional de Paraty, no Estado do Rio, oportunidade na qual os escritores de Rondônia já pensam em participar, a fim de dar publicidade aos temas regionais.

Fonte: Decom