Agentes envolvidos no Arranjo Produtivo da Sociobiodiversidade nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré participaram do curso ‘Cooperativismo e Empreendedorismo’, realizado pela Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (Seplan) , por meio do Núcleo Estadual de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (NEAPLs),em parceria com a Associação de Assistência  Técnica e Extensão Rural de Rondônia ( Emater), em Guajará-Mirim. O curso fez parte do Plano de Ação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Sociobiodiversidade desenvolvido para o fortalecimento do setor na região.

Cerca de 70 pessoas adquiriram conhecimentos iniciais sobre formação de cooperativas e como empreender em negócios da sociobiodiversidade. Entre o público estiveram representantes das associações de pescadores, açaizeiros, seringueiros e extrativistas. Também participaram estudantes do curso de Gestão Ambiental de Guajará-Mirim, Técnicos de Desenvolvimento Econômico(TDEs) e Auxiliares de Projetos e Investimentos(APIs).

A capacitação, ministrada em dois horários, foi conduzida pelo assessor de Desenvolvimento e Políticas Públicas da Seplan, Natan de Oliveira, e pela doutoranda em cooperativismo, Irenilda Dias. De acordo com Natan, as capacitações fazem parte da preparação da governança dos APLs no Estado. “O primeiro passo para alcançar resultados concretos é a organização da governança e gestão dos APLs com a capacitação de pessoas, por exemplo. Em seguida, serão realizados investimentos em infraestrutura para que as ações tenham sustentabilidade e sucesso. Esta é a determinação do governador, Confúcio Moura.” Explicou Natan.

Articulações

Durante o período de realização do curso, foram realizadas reuniões visando alavancar ainda mais o Arranjo da Sociobiodiversidade. A inclusão da Incubadora de Políticas Públicas da Amazônia de Rondônia (IPPARO) no comitê gestor de APL foi o resultado de uma delas. Os representantes da IPPARO, professor Dante ribeiro e Fábio Casara , tiveram a oportunidade de conhecerem o Plano de Ação para a área e identificarem como poderão auxiliar no processo de transformação do APL.

A definição de uma Câmara Técnica voltada para o Açaí também foi resultado das articulações no município. “A ideia é correr para já aproveitar a colheita de três milhões de pés de açaí, que estão dentro das reservas indígenas”, destacou Natan. Outro avanço, foi o estabelecimento do Termo de Cooperação Técnica entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Emater, visando estender a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para as terras indígenas. “Estes já são resultados do trabalho do APL da sociobiodiversidade, que também recebe agora o apoio das secretarias de Planejamento e de Agricultura e Pesca de Guajará-Mirim”, finalizou Natan.

Texto: Jane Carla

Fonte: GPP/Seplan