Ferrovia Norte-Sul ligando Porto Velho é tema de reunião

11/07/2012

A viabilidade social e econômica da Ferrovia Norte- Sul (FNS), que vai ligar o município de Lucas do Rio Verde (MT), passando por Vilhena a Porto Velho, foi tema de debate na tarde de ontem (10), no Palácio Presidente Vargas, com o governador Confúcio Moura e o consultor do Estado para assuntos de desenvolvimento e ex-ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil, (SAE) Roberto Mangabeira Unger. O secretário da Seplan, George Braga, contribuiu nas discussões abordando as perspectivas orçamentárias com esta nova etapa.
 
 Porto Velho foi avaliada como ponto crucial numa junção com toda a América Latina. No projeto original, a FNS interliga o município de Lucas do Rio Verde a Vilhena, num trecho de 598 quilômetros, e cujas obras devem iniciar em 2013, com a conclusão prevista para o final de 2017, com investimento previsto em R$ 4,1 bilhões.
 
 Com a proposta da extensão até Porto Velho, a capital rondoniense se transformaria em acesso ‘intermodal’ ou, seja atuaria com mais de uma atividade, deixando para trás o cenário de difícil acesso perante os outros estados brasileiros. De acordo com o secretário do Porto de Porto Velho (SOPH), Ricardo Sá, “a inclusão beneficiaria Rondônia diretamente na economia com o preço do frete, que atualmente é de R$ 120 a tonelada por quilômetro”, enfatiza.
 
 Pelo menos mais quatro Estados que compõem o eixo Norte e Centro Oeste, dentre os quais o vizinho Acre, que almeja a ligação da Ferrovia Norte-Sul com suas divisas se beneficiarão, caso ocorra a interligação com Porto Velho. De acordo com George Braga, para essa nova etapa da FNS seriam precisos investimentos da ordem de aproximadamente R$ 200 milhões. R$ 80 milhões somente com os estudos.
 
 Além disso, “são necessários levantamentos que destaquem o anseio de Rondônia para a mudança do eixo até Porto Velho, dentre eles, está o mapeamento da viabilidade econômica, ambiental e executivo da ferrovia”, disse o governador, Confúcio Moura.
 
 Para Mangabeira Unger “o mais importante da ferrovia é seu custo benefício”, informa. Outro que também apoia a vinda da obra para Porto Velho é o secretário da SOPH, Ricardo Sá. “Rondônia é hoje a terceira via fluvial mais movimentada em termo de transporte no Brasil”.
 
 Um documento solicitando a mudança do eixo da Ferrovia Norte-Sul como ponto intermodal ligando Porto Velho será elaborado pelo governo do Estado e entregue pessoalmente a presidente, Dilma Rousseff, durante encontro das Nações Unidas. “Atualmente, Dilma Rousseff está engajada em áreas com grandes projetos, como este no caso, prioridade de seu governo”, comenta Unger.
 
 Ficou definido no encontro que a bancada de Rondônia, além das federações interessadas, será incluída na discussão do processo de viabilidade da Ferrovia Norte- Sul a Porto Velho.
 
 Além, de George, a reunião contou também com a presença do presidente da Fundação Rondônia de Ciência e Tecnologia, Alberto Lourenço, do Secretário de Estado das Finanças (Sefin), Benedito Alves, da secretária de Assuntos Estratégicos (SAE), Cira Moura, do secretário de Estado do Desenvolvimento (Sedes) Edison Vicente.